domingo, 2 de outubro de 2016

Memórias Póstumas De Brás Cubas
Brás Cubas é um homem rico e solteiro que, depois de morto, resolve se dedicar à tarefa de narrar sua própria vida. Fala suas opiniões sem se preocupar com o julgamento que os vivos podem fazer dele. De sua infância, registra apenas o contato com um colega de escola, Quincas, e o comportamento de menino chato, que o fazia maltratar o escravo Prudêncio e atrapalhar os amores de uma amiga da família, D. Eusébia. Da juventude, resgata o envolvimento com uma prostituta de luxo, Marcela. 
Depois de retornar de uma temporada de estudos na Europa, vive uma existência de moço rico, despreocupado e fútil. Conhece a filha de D. Eusébia, Eugênia, e a despreza por ser manca. Envolve-se com Virgília, uma namorada da juventude, agora casada com o político Lobo Neves. A  loucura dura muitos anos e se desfaz de maneira fria. Brás ainda se aproxima de Nhã Loló, parenta de seu cunhado Cotrim, mas a morte da moça interrompe o projeto de casamento. 
Ao final do livro ele começa a dedicar sua vida na política. E no final ele percebe que não deixou nenhum descendente dizendo a frase: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Personagens:                                                                     
Brás Cubas: narrador e protagonista é o defunto autor de sua própria biografia, na qual avalia com a existência humana.
Virgília: esposa do político Lobo Neves e amante de Brás Cubas.
Quincas Borba: amigo de Brás, formula a filosofia do humanismo.
Eugênia: jovem de quem Brás rouba um beijo e abandona  em seguida.
Marcela: prostituta de luxo com quem o narrador se envolve na juventude.
Cotrim: cunhado de Brás pelo casamento com sua irmã trata-se de um homem que tratava os escravos muito mal.
Nhã Loló: parente de Cotrim, é a noiva arranjada por Sabina para o irmão; o casamento não se realiza em função da morte da pretendente.
 Dona Plácida: ex-empregada de Virgília acoberta os encontros amorosos entre Brás e sua antiga ama.
 Prudêncio: ex-escravo de Brás;depois ele se  torna-se dono de um escravo, no qual se vinga das violências recebidas na infância.
Machado De Assis:
Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época.
Nascido no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, de uma família pobre, mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade. Os biógrafos notam que, interessado pela boemia e pela corte, lutou para subir socialmente abastecendo-se de superioridade intelectual. Para isso, assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo precoce notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas. Em sua maturidade, reunido a colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente unânime da Academia Brasileira de Letras.
Sua extensa obra constitui-se de nove romances e peças teatrais, duzentos contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de seiscentas crônicas. Machado de Assis é considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas. Este romance é posto ao lado de todas suas produções posteriores, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires, ortodoxamente conhecidas como pertencentes a sua segunda fase, em que se notam traços de pessimismo e ironia, embora não haja rompimento de resíduos românticos. Dessa fase, os críticos destacam que suas melhores obras são as da Trilogia Realista. Sua primeira fase literária é constituída de obras como Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia, onde notam-se características herdadas do Romantismo, ou "convencionalismo", como prefere a crítica moderna.
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Por: Tatiely R. Kusumota 

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